sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Meu direito de cornetar

Amigos, eu tenho a obrigação nesse momento de exercer meu papel (fundamental) de corneteiro,que sempre fui. Não como alguns xaropes que gritam olé pra equipe adversária, prefiro ser o corneteiro consciente. Até porque existe uma relação de amor entre eu e o meu clube que não permite que eu faça isso. Por amor mesmo, por mais que eu esteja bufando, com sangue nos olhos, querendo esgoelar aquele meio campo filho da puta, eu não conseguiria. É o que me representa que está la dentro, é a camisa que eu visto com orgulho. Lembrem da camisa pra daqui-a-pouco.

Falta-nos um tipo de jogador, um que tenha vontade. Um leigo acha que jogadores tem vontade de jogar por instinto primitivo. Engana-se. Se nessa equipe apenas três estivessem preocupados com a reputação do clube, com a importância da camisa e com o torcedor, eu não estaria aqui para corneta-los. É necessário um, pelo menos um, que não brinque em serviço, que queira derramar até a última gota de suor e não se preocupa em suar mais se for preciso. Não peço um atleta habilidoso, mas um com sangue nos olhos.

Tínhamos da batalha uma visão bem mais que realista. O time achou um gol e se escondeu atrás dele, depois, se mostrou mais que impreparado fisicamente e psicologicamente para segurar um resultado simples. Chega o grande momento de tocarmos os clarins: Uma equipe joga, dois jogos em casa no inicio do campeonato, e conseguiu tomar seis gols! Marcou 1. Repito: em dois jogos, repito: em casa.

São tantos culpados que nem nos cabe citar, desde o presidente laranja até o jogador corpo-mole, que não recebe da laranja e nem se importa em estar dentro de campo. MUITO MENOS COM NOSSA CAMISA. Ao final da partida quantos jogadores não a removeram do corpo para entrar correndo no vestiário. E não tiravam por calor, tiravam por falta de comprometimento. Jogadores que não merecem nem serem chamados de jogadores. Que não sentem orgulho em estar vestindo um manto de um clube tão tradicional no cenário esportivo nacional. Um time que não troca cinco passes, e juro que contei, travavam no terceiro ou quarto sempre, sem tática, sem rumo. Deve ser por isso que me identifico tanto com o clube, a vontade de vencer, de superar e quebrar obstáculos. Diferente de outros corneteiros: EU SEMPRE ACREDITEI NO MAC. Acreditarei até o último instante. E o poder acreditar, ainda é a melhor parte,

Um comentário:

  1. Puxa, vc me surpreende com tamanha paixão não passageira pelo futebol. Não entendo muito de estar em um estadio no meio de uma torcida; porem, sei curtir uma boa partida e admirar um atleta que sabe o que fazer com uma bola. Vejo que esses garotos não conseguem levar a bola sem olhar para ela. Não conseguem se quer olhar antes de efetuar um passe. Para esses garotos pouco importa a camisa que vestem sonham mesmo com o dinheiro que podem ganhar, muitas vezes se decepcionam tanto que fracassam na vida. O que quero dizer é que essa ilusão passada pelo futebol aos nossos jovens, tirando-os da realidade, os tornam vulneráveis e totalmente ignorantes a necessidade de uma boa educação, É aí que pecamos! Deus salve nosso Brasil! Deus salve nossos meninos. um beijo.

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